domingo, 3 de junho de 2007

Sobre o Código Da Vinci


07/04/2007

O autor do Código Da Vinci venceu na justiça londrina um processo de acusação de plágio, por dois historiadores que o acusam de copiar um livro seu sobre a Ordem do Graal e de um suposto casamento entre Jesus e Maria Madalena.
O autor admite que usou o livro mencionado, mas pelo visto , o júri não achou relevante. A notícia em si sem tanta importância, serve como pretexto para refletirmos um pouco sobre o livro e sobretudo o filme, que com certeza foi mais visto do que lido o livro.
É incrível como mais de dois mil anos de História, de tradição , de literatura, de estudos arqueológicos, teológicos e filosóficos, são transformados em nada, diante de um exercício de ficção engenhoso e criativo, na cabeça de muitas pessoas.
É de pressupor, que uma pessoa que assiste a um filme de ficção e o toma como a mais absoluta verdade, é preocupante. Pois atesta o baixo nível de informação, de conhecimento, até de bom senso e reflexão de tanta gente.
Análises feitas por especialistas de todo tipo, reconhecem a engenhosidade da obra , a criatividade do autor e o uso de uma fórmula perfeita para se construir um bestseller como este. Mas é só isso! Uma bela obra de ficção.
Fazer ilações teológicas e ou filosóficas senão históricas do livro/filme é, no mínimo ingenuidade.
A denominada pós-modernidade gera esses sintomas. Enquanto dilui os valores, os conceitos, princípios, padrões e paradigmas estéticos - senão morais e ou éticos - priva as pessoas da oportunidade de desenvolver referências próprias fundamentadas na informação e no conhecimento mais denso, que ela possa utilizar para interagir criticamente com o novo ou a novidade, e aferir , senão formar, sua visão pessoal das coisas e do mundo.
Uma mente que se acostuma com a volatilidade das coisas, das idéias, dos valores, senão relacionamentos e pessoas, têm um nível elevado de vulnerabilidade a essas "verdades" que surgem como a moda, ao sabor das estações.
Só que valores não são roupas ou acessórios. São pressupostos fundamentais na estruturação da vida pessoal e coletiva.

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