quarta-feira, 30 de maio de 2007

Redução (?) da Maioridade Penal

14/02/2007

Um senador do PSDB do Paraná, respondeu a uma reporter: "...se não fizermos ( a lei de redução da maioridade penal ) sob emoção, como é que vamos fazer?".

Vê-se que experiência política - leia-se números de mandatos - não acrescentam nada a estes profissionais da política.
Talvez a experiência sirva apenas para fazer conchavos, ou dar-lhes aquêle "pragmatismo" para conseguir manter-se no cargo se elegendo "ad infinitum", e isso significa sair bem na foto, sempre. Surfando nas ondas das emoções populares do momento.
No caso agora, agradar a cruzada emocional da Globo, para conseguir alguns dividendos políticos, expondo-se mais na TV.
Governar, legislar, é coisa séria.
As emoções costumam permear as nossas ações no cotidiano. Mas um pressuposto básico para se legislar sobre um tema sério e polêmico como este - ou outros - é primar pela racionalidade mínima.
Quem não tem , pessoalmente, subsídios e sensatez suficientes, existem verbas gordas para que o parlamentar possa cercar-se de especialistas e acessores capazes para fornecer-lhe informações e respaldar assim, as suas opiniões e decisões.
Mas, o que acontece é que estas verbas, comumente são utilizadas para aumentar a renda familiar contratando parentes e ou amigos, em vez de ter o seu uso Constitucional.
Segundo o ILAND ( Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Deliquente), os crimes praticados por adolescentes no Brasil, não atingem 10%, e destes somente 8% equiparam-se a crimes contra a vida. A grande maioria das infrações no Brasil - cerca de 75% - são contra o patrimônio, sendo que 50% são furtos.
Logo qualquer medida que vise acabar com a criminalidade, reduzindo a maioridade penal, é um grande equívoco. Estaria mais para o oportunismo de certos políticos, que querem usar a comoção social gerada pela violência, para se beneficiar politicamente.

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