sábado, 15 de junho de 2019

Moro, o santo de pés de barro, ainda, no altar de muita gente

É, sei de gente boa que adora o moro desde sempre, o que até tem inviabilizado um pouco nossos papos, quando eu mesmo tento falar de trivialidades e evitar os temas políticos e já fui até gozado, com tons de voz que provavelmente queriam salientar a minha ingenuidade, senão radicalismo esquerdista ou coisa que o valha.

No princípio eu bem que tentei argumentar, mas diante de tanto amor, eu capitulei e continuei insistindo na sequência das conversas em falar até de futebol que não gosto, mas não deu certo, o lance foi investir no princípio da liberdade de opinião/expressão como pressuposto para a democracia, no nosso caso da nossa velha amizade.

Só pra lembrar:
Vou compreender se não quiser encarar um artigo deste tamanho. Dizem, estudos veem comprovando, que a onda de ‘smartização’ dos corações e mentes que acometeu o planeta como um todo, vem destruindo drasticamente o interesse e a capacidade/aptidão das pessoas para encararem textos escritos ou conteúdos mais longos, densos e complexos. [Embora não seja o nosso caso]. 
Voltando:

O que é bom salientar, pelo menos em termos teóricos, são suas fontes de informação. Ele nunca me disse assim, ‘ipsis litteris’, mas deu para aferir nas entrelinhas de nossas longas conversas, o que talvez ateste não a parcialidade, senão as evidências de suas opiniões ou a origem de suas convicções.

Ele deve ser um dos casos bem raros hoje em dia, já que não tenho ideia de outro. Ele assina a Veja há décadas, e tem como atualizador oficial do que rola pelo mundo, notadamente por aqui, o Jornal Nacional...

Creio que não há necessidades de tecer quaisquer considerações sobre isso, não é verdade?

Nas gravações que foram divulgadas agora pelo The Intercept, tem uma fala do Dallagnol em conversa com o Moro, quando falavam sobre a dificuldade em finalizarem a montagem da fraude no processo contra o Lula, veja aqui, ele diz ‘textualmente’:
(...) “Se precisar, avisa que faremos outra apresentação para fortalecer a opinião pública, temos a globo e o estadão do nosso lado, garantiram cobertura total” (...).
E aí, o que acha que aconteceu com a cabeça do meu amigo e com a de milhões de brasileiros que hoje odeiam Lula? Ódio criado assim...

O mais lamentável, pensei triste, é que milhões de brasileiros que se hoje estão bem, ou pelo menos estavam até ainda há pouco, formam o pelotão de ‘odiadores’ do Lula/PT e fecharam com o moro e o bolsonaro.

Estatísticas confirmam que nunca antes na História do Brasil houve uma eleição com um nível tão elevado de escolaridade.

Que (quem) será que garantiu este “nível de escolaridade”, profissionalização radical e qualidade de vida de tantas pessoas? Desses milhões de brasileiros que ascenderam na escala socioeconômica nos últimos tempos?

A avaliar por estas estatísticas, o esquema bozó nem precisa destruir a educação/cultura como veem fazendo, visando alienar radicalmente a população como forma de manter a submissão e a imbecilidade galopante, coisa que o Lula /PT tentou mudar, já que esse resultado atesta que só escolaridade/profissionalização pura e simples é só um bom princípio, mas, ainda não suficiente para formar cidadãos conscientes, não burros. Pois, pelo visto a burrice – que merece estudos mais apurados – convive muito bem com bons níveis de escolaridade e renda.

Ele, o meu amigo, tem o melhor nível sócio/econômico desejável. Tem pós-graduação – área técnica – e é dono de uma empresa em sua área que vai muito bem, obrigado.

O preocupante é que, até cientificamente falando, um processo de condicionamento, de alienação, tão intenso e prolongado, pode ter ‘plantado’ raízes bem profundas e até certo ponto de difícil ou impossível erradicação, ou seja, que o estrago a nível de corações e mentes seja irreversível.

Uma vacina contra – a fake, a fraude e a manipulação – esse estado de coisas,  seria adotar aquilo que se denomina distanciamento crítico. É isso, distanciamento crítico, ou seja, tomar alguma distancia ‘conceitual’ diante do novo, da novidade, diversificar fontes e assim resgatar uma condição de observar a coisa com mais acuidade, clareza, e com melhores chances de ver mais objetiva e efetivamente do que se trata.

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