quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

“(...) o povo vai ter de engolir perda de direitos...” É isso! Se votou no cara é só aplaudir!

Se você votou, e defende isso aí... Talvez mereça estas preciosidades da lavra do dito cujo e sua trupe lesa pátria, no sentido mais amplo possível...

E se continua ‘votando’ no golpe e seus desdobramentos... Fazer o que, não? Livre pensar, e votar... Por mais que coisas assim tentem, exatamente, cassar um pressuposto fundamental em qualquer democracia que é a liberdade de expressão, de voto... O golpe foi, é, um belo exemplar... A cassação de mais de 52 milhões de votos.
...só pra lembrar...
Quem ainda bota fé em um cara, um farsante assim, deve estar no grupo de apoio que ele considera como desinformado/alienado que, das duas uma: não entende o significado verdadeiro do que ele está propondo, ou, o que é pior (??) sabe e aceita...

Desconfio que as duas categorias possuem um contingente mais amplo do que imagina a nossa vã filosofia...

A expressão: “... povo tem de engolir perda de direitos (...)”.
"Após reunião com Temer e FHC, Aécio diz que povo tem de engolir perda de direitos
Em um texto para ser lido nas entrelinhas, um metido a espertalhão e cínico Aécio Neves diz que o povo aceita perder direitos e que a lei tem que alcançar o Lula. O artigo “Não há alternativa a não ser acreditar e seguir em frente” foi publicado na Folha de S.Paulo de segunda-feira, dia 2/1, e é também uma forte defesa às medidas de morte do Temer.

Veja alguns trechos e o que está por trás deles.

“Assim, não há por que esperar por soluções simples ou saídas fáceis, tampouco rápidas, depois de um trecho tão longo de equívocos, desvios e falhas graves acumuladas”.

Neste trecho, ele tenta convencer de que para combater a crise é necessário que o povo aceite as propostas nada fáceis do Temer, como idade mínima de 65 anos para aposentadoria, rebaixamento do modo de correção do salário mínimo e fim dos direitos trabalhistas contidos na CLT, dentre outros males. Há também a ideia de que o crime maior do PT foi não ter feito todo o mal que o Temer está agora a fazer.

“Enquanto fazemos a arrumação da casa revirada, é importante reconhecer que partimos agora de um patamar bem diferente, inédito. Uma nova consciência nacional nasceu nas ruas e decretou que não há mais espaço para o ufanismo populista, para gestões demagógicas de salvadores da pátria ou para quem se limita à administração diária da pobreza em vez de buscar a sua superação”.

Aqui ele tenta induzir o leitor de que essa “nova consciência nacional nascida das ruas” é a voz do povo, que não aceita mais que governos “populistas” promovam programas sociais, como Bolsa-Família, aumento do salário mínimo acima da inflação, Minha Casa, Minha Vida, Ciência sem fronteiras, Pronatec, Fies etc. É também uma crítica velada à era petista. Com outras palavras, Aécio diz que “para arrumar a casa revirada” e superar a pobreza é preciso depenar o povo.

“Precisamos deixar definitivamente de ser o país em que há leis que ‘pegam’ e as que ‘não pegam’ ou que não alcançam a todos”.

Neste trecho, ele refere-se de forma sutil à possível prisão de Lula, algo sem que, ele sabe, torna sua eleição [dele] a presidente da República ainda mais impossível.

E, talvez sem se dar conta, o tucano refere-se também a ele mesmo, que embora seja um dos mais delatados na Lava-Jato, até agora continua solto e contando lorotas pelos jornais.


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