Era
mais do que previsível, um cara, que do dia pra noite, resolve se tornar ‘santo
social’ (do pau oco) e investe contra tudo e todos como se fosse o novo
messias, de pés de barro – barro não lama, mesmo – só podia dar nisso.
.
.
Era de
se esperar um pouco de sensatez, mesmo que residual, de uma Folha, que, apesar
dos pesares, sobretudo mais recentes ainda preservava.
Eu
assinei a Folha por alguns anos em tempos menos (in) gloriosos...
"Em
editorial, Folha de S. Paulo assume posição contra Eduardo Cunha
.
.
No texto, o jornal aponta para o aumento
da repressão, do preconceito e do obscurantismo desde que a Câmara foi
assumida pelo deputado do PMDB: “Há espaço para que o Legislativo comece a
transformar-se numa espécie de picadeiro pseudorreligioso, onde se encenam
orações e onde se reprime, com gás pimenta, quem protesta contra leis penais
duras e sabidamente ineficazes”.
Neste
domingo (14), o jornal Folha de
S. Paulo trouxe, em editorial, a posição do veículo contra o atual
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O texto,
intitulado “Submissão”, critica a gestão do parlamentar e aponta para o aumento
da repressão, do preconceito e do obscurantismo desde que a Casa foi assumida
por ele.
“Um
espírito crescente de fundamentalismo se manifesta, contudo, em setores da
sociedade brasileira – e, como nunca, o Congresso Nacional parece empenhado em
refleti-lo, intensificá-lo e instrumentalizá-lo com fins demagógicos e de
promoção pessoal”, afirma o periódico.
A Folha destacou ainda o uso da
religião como um dos principais argumentos de Cunha na condução das pautas em
discussão na Câmara: “Condena-se a união homoafetiva, por exemplo, em
nome de preceitos religiosos e de textos – não importa se a Bíblia ou o Corão –
que podem muito bem ser obedecidos na esfera privada, mas pouco têm a
contribuir para a coexistência entre indivíduos numa sociedade civilizada e
plural”.
A
publicação afirma que, neste caso, a bancada evangélica se associa à bancada da
bala para impor um modelo de sociedade mais repressivo e intolerante. E a
arbitrariedade de Cunha seria percebida também nos debates em torno da reforma
política, em que o deputado do PMDB atropelou as instâncias institucionais ao
impor ideias como a do ‘distritão’ na pauta de votações.
“No
meio dessa febre decisória, há espaço para que o Legislativo comece a
transformar-se numa espécie de picadeiro pseudorreligioso, onde se encenam
orações e onde se reprime, com gás pimenta, quem protesta contra leis penais
duras e sabidamente ineficazes”, acrescentou o jornal.
Para
ler o texto na íntegra, clique aqui.
Por
Fabio Rodrigues Pozzebom
Se gostou deste post subscreva
o nosso RSS Feed ou siga-nos no Twitter
para acompanhar nossas atualizações
*
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá!
Bem vindo, a sua opinião é muito importante.