sexta-feira, 19 de junho de 2015

Bancada evangélica é ovo do nazismo, afirma frei Betto

Não há como não concordar com frei Betto. Quem acompanha o ‘desempenho’ deste “novo” Congresso percebe que é como se vivêssemos em um sistema parlamentar, onde um evangélico, não por ser um religioso em si mesmo, mas pelos valores radicais e explícitos que pautam e/ou que orientam a sua vida parlamentar em dissonância com a Constituição do país, que pressupõe um Estado laico.

O clima de ódio e aversão que parece se respirar no Congresso Nacional e por extensão para o país via mídia conivente e oportunista – politicamente falando – gesta o que frei Betto muito bem colocou: as condições para a eclosão de um regime de exceção que ameaça a democracia tão duramente conquistada pelo povo brasileiro.

      "O escritor e teólogo Frei Betto disse que a bancada evangélica — um movimento político-religioso fundamentalista, ressaltou — ameaça a democracia brasileira porque equivale ao “ovo da serpente” dos anos 30 do qual nasceu o nazismo. 

Naquela época, na Alemanha, disse, “depois que a coisa esquentou é que muito gente se deu conta” do monstro que tinha sido gerado.

A Frente Parlamentar Evangélica, à qual Frei Betto se referiu, é presidida pelo deputado João Campos (PSDB/GO). É composta por deputados (a maioria) e por senadores de diferentes partidos, no total de 79.

Ela tem se destacado por ser contra, por exemplo, as propostas de igualdade aos homossexuais. Se pauta principalmente por uma leitura conservadora da Bíblia.

Um de seus integrantes, Marco Feliciano, é presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara.

Frei Betto (foto), ao falar a cerca de mil lideranças católicas no 9º Encontro Nacional Fé e Política, no final de semana, no campus da UCB (Universidade Católica de Brasília), se mostrou preocupado com os “segmentos religiosos [evangélicos] que estão cada vez mais partidarizados”.

“Não tenho nada contra os evangélicos, tenho contra essa bancada.”
Defendeu a laicidade: “O Estado e os partidos não devem ter religião, mas respeitar a diversidade do pluralismo religioso”. 

“Precisamos abrir o olho porque está sendo chocado no Brasil o poder fundamentalista de confessionalização da política”, afirmou. “Isso vai dar no fascismo.”


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