Este
é um artigo do Paulo Moreira Leite, da revista ÉPOCA, da Editora
Globo. Talvez a citação do autor e da revista desanuvie de algumas
cabeças o preconceito, quando taxam qualquer argumento que não
afine com o seu como coisa de “petistas”, em uma clara opção
pela parcialidade, pelo preconceito e pelo cultivo de uma visão rasa
dos fatos e da realidade, pois, como o nome já diz, é real, por
mais que nos contrarie. Se o “seu” permite, dê uma olhada.
“Os
ataques a José Genoíno chegaram a um ponto escandaloso e
inaceitável.
Vários
observadores se colocam no direito de fazer uma distinção curiosa.
Dizem que a decisão de Genoíno em assumir o mandato para o qual foi
eleito por 92 000 votos pode ser legal mas é imoral.
Me desculpem. Mas é uma postura de ditadorzinho, que leva a situações perigosas e inspira atos violentos. Também permite decisões arbitrárias e seletivas. Pelo argumento moral, procura-se questionar direitos que a lei oferece a toda pessoa. Isso é imoral.
Não surpreende que essa visão tenha produzido grandes tragédias, na história e na vida cotidiana.
Isso porque os valores morais podem variar de uma pessoa para outra mas a lei precisa valer para todos.
Você pode achar que aquele livro sobre não sei quantos tons de cinza é uma obra imoral mas não pode querer que seja proibido por causa disso. Por que? Porque a Lei garante a liberdade de expressão como um valor absoluto.
Para ficar num exemplo que todos lembram. Os estudantes de uma faculdade paulista que agrediram e humilharam uma aluna que foi às aulas de mini saia muito mini também se achavam no direito de condenar o que era legal mas lhes parecia imoral. Vergonhoso. Isso sempre acontece quando se pretende dizer que o moral precisa ser o legal.
Para começar, quem acha muita imoralidade da parte de Genoíno deveria olhar para o lado em vez de exagerar na indignação.
Em seis Estados brasileiros o Superior Tribunal de Justiça, a segunda mais alta corte do país, tenta licença para processar governadores e não consegue avançar na investigação. Não consegue nem apurar as acusações que o STJ considera sérias.
Me desculpem. Mas é uma postura de ditadorzinho, que leva a situações perigosas e inspira atos violentos. Também permite decisões arbitrárias e seletivas. Pelo argumento moral, procura-se questionar direitos que a lei oferece a toda pessoa. Isso é imoral.
Não surpreende que essa visão tenha produzido grandes tragédias, na história e na vida cotidiana.
Isso porque os valores morais podem variar de uma pessoa para outra mas a lei precisa valer para todos.
Você pode achar que aquele livro sobre não sei quantos tons de cinza é uma obra imoral mas não pode querer que seja proibido por causa disso. Por que? Porque a Lei garante a liberdade de expressão como um valor absoluto.
Para ficar num exemplo que todos lembram. Os estudantes de uma faculdade paulista que agrediram e humilharam uma aluna que foi às aulas de mini saia muito mini também se achavam no direito de condenar o que era legal mas lhes parecia imoral. Vergonhoso. Isso sempre acontece quando se pretende dizer que o moral precisa ser o legal.
Para começar, quem acha muita imoralidade da parte de Genoíno deveria olhar para o lado em vez de exagerar na indignação.
Em seis Estados brasileiros o Superior Tribunal de Justiça, a segunda mais alta corte do país, tenta licença para processar governadores e não consegue avançar na investigação. Não consegue nem apurar as acusações que o STJ considera sérias.
Por
que? Porque as Assembleias Legislativas não autorizam. Curiosidade:
não há ”petistas aparelhados” envolvidos. Entre os 6
governadores, cinco são tucanos e um é do PMDB. Quantos são
imorais nesse time? E os ilegais? Vai saber.”
Leia
o artigo completo, aqui
Eu acho que o que grande parte das pessoas faz, principalmente nas redes sociais como o Facebook, é passar pra frente uma afirmação ou imagem montada de baixa qualidade, falando mal ou difamando alguem, sem que se preocupe em buscar mais informações ou mesmo se perguntar a origem ou o que pode estar por traz.
ResponderExcluirAcho que é mais fácil posar de esclarecido ou de politicamente correto e esclarecido, repetindo como um papagaio o que vê por aí sem buscar se informar para dar uma opinião mais correta dos fatos.
Olá!
ExcluirEu concordo com você. Este recurso de divulgar uma mensagem atacando ou difamando alguém é uma estratégia que conta com a ignorância de muita gente que gosta de posar de esclarecida, quando nem desconfia que está sendo usada para divulgar meias verdades, senão mentiras, mesmo, servindo a interesses que desconhece e que podem até se ruim para elas mesmas.
É uma versão pós-moderna e eletrônica do antigo boato ou da velha fofoca que surge e se alimenta do preconceito e da falta de informação.
Como o artigo acima, não estamos entrando no mérito da defesa de lados, partidos ou pessoas, é uma questão de justiça e de cuidar de um fundamento essencial ao estado democrático, de fato, a obediência às leis, pois, sem isso seria o caos e a barbárie.
Barbárie que muitos, que não se revelam, gostariam que ocorresse para poder atingir seus objetivos que não são aqueles do povo e do país.
Um abraço
Eu tambem acho que tem gente que não desconfia mas faz papel de bobo alegre e fica repetindo coisas que não sabe e nem conhece direito por preguiça de ler e ser informar.
ResponderExcluirÉ verdade, e ainda gosta de fazer pose de esclarecido.
ExcluirUm abraço