Em artigo, o Mino Carta, editor da revista Carta Capital comenta sobre o nível a que chegou a companha eleitoral com a insuflação do conflito e do ódio entre os brasileiros, levada a efeito pelo candidato José Serra respaldado pela grande mídia, que além de representar um retrocesso politico institucional, trouxe este saldo de divisão, conflito e ódio inéditos na história do Brasil entre a população, mas, representa uma união inédita entre as famílias (5) donas da mídia hegemônica no país.
É preocupante imaginar qual país deverá sair desta disputa, principalmente se os apologistas do retrocesso, da divisão e do ódio, prevalecerem ou ganharem as eleições.
Por Mino Carta, jornalista, diretor de redação de Carta Capital
Questão levantada por Dilma Rousseff no debate de domingo 10 na Band merece reflexão. Observou a candidata que a campanha eleitoral tucana estimulou um sentimento insólito no Brasil, o ódio. Há brasileiros e brasileiros. Os privilegiados e seus reservas, e os desvalidos em estágios diversos. As diferenças sociais são ainda profundas, a despeito de alguns avanços realizados à sombra de Lula.
A maioria brasileira não é capaz de ódio, mas sua característica mais pronunciada é a resignação. Já o ódio tem ibope elevado na minoria, aquele resistentemente alimentado em relação à maioria. O sulista feliz da vida enquanto mantém sua primazia e o remediado confiante em um futuro favorável à moda dos atuais privilegiados odeiam o nortista pobre. Incluam-se os miseráveis em qualquer latitude.
A frequentação da internet nestes dias ilumina a respeito, embora cause devastação na zona miasmática situada entre o fígado e a alma dos cidadãos conscientes e responsáveis. Colidimos com ferozes manifestações de ódio, insufladas pela mídia nativa, movida ela própria, ela antes dos seus leitores, ouvintes, espectadores, a puro ódio. Em outros tempos, chamava-se ódio de classe. Mas hoje os tempos são outros...
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