segunda-feira, 27 de abril de 2015

Que religião é esta que prega a ‘pena de morte’? É a sua?

Quem conhece, ou já ouviu falar, sobre os pressupostos fundamentais do cristianismo, dificilmente vai conseguir reconhecer o que muito se prega e se defende por ai em nome do tal de Jesus. E o pior é que se tornou um fenômeno que cresce a olhos vistos e vive sob a batuta – ou seria sob os pés – de uma meia dúzia de pastores – muitos dos quais são verdadeiros casos de polícia.
 
O atual parlamento, pelo visto, virou refém destas teses antidemocrática, anticivilidade e anticrísticas. Tudo isso graças ao seu voto, já que ninguém entrou lá sem milhões de votos, do que não hesito em dizer, de verdadeiros cordeiros no sentido mais pejorativo possível.

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O próprio presidente da Câmara dos Deputados, o tal do Cunha, é um exemplo acabado de tudo isso. Uma mistura de radicalismo, com corrupção e pseudorreligiosidade.

       "Autor do projeto de lei 3722/12, que altera o Estatuto do Desarmamento e facilita o acesso a armas de fogo no Brasil, o deputado federal Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC) postou uma imagem polêmica em sua página no Facebook.

A postagem, que une uma arma de fogo e uma Bíblia, é mais um capítulo no avanço de pautas encampadas pela legislatura mais conservadora do Congresso Nacional, mais notadamente na Câmara dos Deputados.

Não por acaso, o projeto de lei que trata da diminuição da maioridade penal tem como os seus ‘principais argumentos', passagens da Bíblia. Integrante da chamada 'Bancada da Bala', o deputado Peninha acabou acusado de "fundamentalismo" pelo seu colega de Câmara, Jean Wyllys (PSol-RJ).

Não é o primeiro parlamentar conservador que Wyllys confronta. Recentemente, o deputado do PSol se envolveu em uma nova polêmica com Jair Bolsonaro (PP-RJ), outro parlamentar que nutre apreço por pautas conservadoras.

O uso dos conceitos rígidos do militarismo e uma doutrina religiosa deram origem, não faz muito tempo, a outro grupo intitulado Gladiadores do Altar, criação da Igreja Universal do Reino de Deus. Tal 'Exército' fala em apenas doutrinar, sem explicar a razão de ter de lançar mão do militarismo nesse processo.

Não é possível perder de vista que o Estado Islâmico, organização que vem espalhando destruição e terror no Oriente Médio é o mais claro exemplo do que o fundamentalismo pode causar quando reunido com uma interpretação particular de uma religião - neste caso, o islamismo.

Como se vê, essa legislatura - eleita de maneira legítima, diga-se - vai tentar criar uma versão brasileira da Idade Média. E pelas pautas e opiniões, ela está logo ali. (Thiago de Araújo)


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