Apesar de certo consenso quanto à pauta de
reivindicações nas últimas manifestações, que lotaram de forma surpreendente as
ruas do país, restam dúvidas se a expressão: o “gigante acordou” é real.
Com exceções, é claro, mais o que se viu nas ruas foi uma parcela da população que, no máximo, representa uma parte, pequena, diga-se de passagem, e não é a maior, da anatomia do gigante.
Agora, com os ânimos, pelo menos mais arrefecidos, muitas análises estão sendo feitas e as conclusões desautorizam o clichê, que é muito bom como marketing, mas, não procede.
Vou ilustrar com um caso próximo. Um dos manifestantes que foi às ruas com a namorada, levados por um dos pais e com hora marcada para ir buscá-los, tem 18 anos, é estudante da Unicamp, filho único e herdeiro presumível de uma considerável grana e que dentre suas principais atividades e interesses está o “curintians”, que foi em uma manifestação e deve ter achado que tinha muita confusão, já que não voltou.
O fato é que, apesar dos protestos contra os “gastos com os estádios da copa” ele vai se deslocar para o Mineirão, pela “ponte aérea”, de São Paulo, para encarar os ingressos, dois, de 420 reais cada, para ver o jogo entre o Brasil e o Paraguai.
Não, não é má vontade. Este exemplo ilustra bem o que de fato aconteceu majoritariamente nas manifestações, quando as usps e unicamps da vida e outras instituições do gênero cederam seus privilegiados para fazerem um exercício – legítimo e importante, mesmo, sem ironias – de cidadania.
É o que veem concluído analistas de todo tipo.
Isso não os desmerece e nem às manifestações, muito pelo contrário. É um momento muito importante para o país e que deve mover “as coisas”. Sobretudo em função da cobertura inédita da mídia. A mesma mídia que faz vistas grossas para as manifestações continuadas de sem terra, índios e outras categorias “inexistentes” para a “opinião pública”, inclusive, com muita violência e mortes pela repressão policial, e que não aparece nas páginas do Facebook.
Com exceções, é claro, mais o que se viu nas ruas foi uma parcela da população que, no máximo, representa uma parte, pequena, diga-se de passagem, e não é a maior, da anatomia do gigante.
Agora, com os ânimos, pelo menos mais arrefecidos, muitas análises estão sendo feitas e as conclusões desautorizam o clichê, que é muito bom como marketing, mas, não procede.
Vou ilustrar com um caso próximo. Um dos manifestantes que foi às ruas com a namorada, levados por um dos pais e com hora marcada para ir buscá-los, tem 18 anos, é estudante da Unicamp, filho único e herdeiro presumível de uma considerável grana e que dentre suas principais atividades e interesses está o “curintians”, que foi em uma manifestação e deve ter achado que tinha muita confusão, já que não voltou.
O fato é que, apesar dos protestos contra os “gastos com os estádios da copa” ele vai se deslocar para o Mineirão, pela “ponte aérea”, de São Paulo, para encarar os ingressos, dois, de 420 reais cada, para ver o jogo entre o Brasil e o Paraguai.
Não, não é má vontade. Este exemplo ilustra bem o que de fato aconteceu majoritariamente nas manifestações, quando as usps e unicamps da vida e outras instituições do gênero cederam seus privilegiados para fazerem um exercício – legítimo e importante, mesmo, sem ironias – de cidadania.
É o que veem concluído analistas de todo tipo.
Isso não os desmerece e nem às manifestações, muito pelo contrário. É um momento muito importante para o país e que deve mover “as coisas”. Sobretudo em função da cobertura inédita da mídia. A mesma mídia que faz vistas grossas para as manifestações continuadas de sem terra, índios e outras categorias “inexistentes” para a “opinião pública”, inclusive, com muita violência e mortes pela repressão policial, e que não aparece nas páginas do Facebook.
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