quarta-feira, 27 de junho de 2012

O que a mídia omite ao mostrar a imagem do Lula com o Maluf

Este episódio do acordo ou coligação com o PP para as eleições à prefeitura de São Paulo feita pelo PT com a presença do Lula – exigida pelo Maluf, diga-se de passagem – do Maluf e do Haddad, foi um prato cheio para mídia de sempre, ou a mídia partidária, que é uma das denominações da Folha, Estadão, Veja, Época, Globo e cia.

A opinião do FHC

É interessante citar o FHC quando perguntado sobre o que achava, ele disse algo assim: Isso vai depender do que a mídia fizer. Era uma opinião, uma dica e/ou um comando óbvio. 

Ele deve ter se lembrado de situação idêntica no passado quando fez o mesmo, durante o seu governo, em 1998, com o mesmo Maluf, como pode ver na imagem, mas, confiou na velha mídia aliada e na falta de memoria do leitor e/ou eleitor.

Claro que o Maluf em si mesmo, adiciona tudo de ruim que se pode esperar de uma imagem/biografia como a dele. Mas, é hipocrisia esconder que na base aliada do governo federal o PP, o partido do qual o Maluf faz parte, ajuda a constituir a base aliada que vem garantindo a governabilidade desde o governo Lula.

Governabilidade

E para quem acha que é possível se governar ou garantir a governabilidade sem uma maioria sólida no Congresso, desconsidera um dos princípios básicos do processo democrático comum em qualquer país, onde as coligações são, quase sempre, vitais.

Um bom exemplo do que significa tentar governar sem uma base mínima consistente, é o que ocorreu, agora (21/06/12), com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, sendo derrubado do poder – esta é pelo menos a 20ª tentativa – por ter um parlamento majoritariamente oposicionista.

Ou seja, o acordo ou coligação não é com o Maluf, precisamente, mas, com o PP que é um partido da base aliada do governo federal. 

A mídia partidária

O resto é como disse o FHC, é o que a mídia – oposicionista – está fazendo com isso.

O que não é lá muito comum em uma democracia, é ter a “grande” mídia, quase que unânime, agindo como se fosse um partido, o que não é bom para o leitor/eleitor nem para o processo eleitoral e democrático.

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